Neste domingo último domingo, 8 de setembro, a área do acordo de pesca do Rio Quiuini, localizada no município de Barcelos (a 399 quilômetros de Manaus), começou os trabalhos de monitoramento de quelônios de 2024, tendo os Agentes Ambientais Voluntários (AAVs) iniciando a coleta de ovos.

Foto: Divulgação
A atividade ocorreu na comunidade Ponta da Terra. Ao todo, foram abertas 14 covas de tracajá (Podocnemis unifilis), quatro covas de irapucas (Podocnemis erytrocephala) e 12 covas de tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa), resultando na coleta de 650 ovos no total. A previsão de soltura é em janeiro de 2025.
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O trabalho contou com o apoio do Projeto Pé-de-Pincha, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O monitoramento de quelônios acontece na região da comunidade Ponta da Terra, por meio do projeto, desde 2003. Com a implementação do Acordo de Pesca na Região, o trabalho passou a ser realizado pelos AAVs, a partir de 2022.
O Programa de Agentes Ambientais da Sema foi criado pela Sema em 2008, com a proposta de formar comunitários como educadores ambientais, mobilizadores sociais, multiplicadores de lideranças e mediadores de conflitos.
Eles atuam como ponte entre a população local e as políticas de conservação ambiental, sendo responsáveis por monitorar, fiscalizar e educar a população sobre a importância da preservação dos recursos naturais.
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No caso do monitoramento de quelônios, os agentes são fundamentais para garantir que o processo seja feito de forma correta. Eles são responsáveis por identificar áreas de desova, realizar a coleta dos ovos e transportá-los para as chocadeiras, seguindo o processo metodológico dos pesquisadores do Projeto Pé-de-Pincha.
Metodologia
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O processo começa com a identificação dos ninhos às margens dos rios, áreas designadas como ‘tabuleiros’. Os comunitários fazem a coleta dos ovos nas praias, campinas e barrancos, e levam para as chocadeiras, uma área reservada que simula o habitat natural do animal. Ali, são “replantados” e catalogados por espécie e data.
Durante o período de incubação, os AAVs atuam como monitores, acompanhando o desenvolvimento dos ninhos para evitar a interferência de predadores ou ações humanas. Após o nascimento, os quelônios são transferidos para tanques, onde permanecem até endurecerem o casco e atingirem um tamanho ideal para serem soltos na natureza em segurança.