TURISMO E CULTURA

Influenciadora indígena, Ira Maragua promove turismo e cultura nas redes sociais

A participante da série de reportagens da Amazonastur, em homenagem ao mês da mulher, compartilha sua rotina como mulher indígena


Ira Maragua é da etnia baré e a primeira influenciadora digital indígena do município de São Gabriel da Cachoeira (852 quilômetros de Manaus). A influenciadora, que promove nas redes sociais o turismo amazonense, participa da série de reportagens do mês da mulher “Turismanas”, promovida pelo Governo Amazonas, por meio da Empresa Estadual de Turismo (Amazonastur).

FOTOS: Antonio Lima/Secom

Acumulando mais de 54 mil seguidores, entre as contas no Instagram e Tik Tok, Ira (@iramaragua) iniciou nas redes sociais, em 2017, compartilhando a rotina onde vivia, no Parque das Tribos, zona oeste de Manaus. Em suas publicações passou também a compartilhar trabalhos com frutos típicos da região, como jenipapo e açaí, para divulgar o trabalho como artesã de roupas e realização de maquiagem.

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A influenciadora relata que o início da trajetória ocorreu naturalmente.  “Nós utilizamos a fauna e a flora no nosso dia a dia e eu simplesmente comecei a mostrar isso nas redes sociais. Então, me encontram e hoje eu sou conhecida como a ‘Guardiã da Amazônia’ por mostrar naturalmente os nossos hábitos”, relatou a influenciadora.

FOTOS: Antonio Lima/Secom

Ser conhecida como a “Guardiã da Amazônia” é um privilégio e representa a força da mulher indígena, segundo Ira. “Eu sou digital influencer e tenho visto que nós mulheres indígenas estamos conquistando e aldeando nosso Brasil com a força de nossos antepassados, através da nossa língua, pinturas e costumes”, reforçou.

Identidade e folclore

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Ira também faz parte do corpo de dança do Boi-Bumbá Caprichoso, compartilhando suas paixões pelo folclore e cultura indígena, na qual faz apresentações representando a cunhã-poranga, mulher guerreira da tribo.

Ela relata que a cunhã-poranga é a representação de ser mulher indigena, pela força, luta e resistência. “Atualmente ser mulher indígena é demonstrar muita resistência e força naturalmente. Já nascemos com esse propósito de resistir para existir”, completa a influenciadora.

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FOTOS: Antonio Lima/Secom