VAZANTE

Rios do Amazonas registram mortes de peixes e botos em virtude da estiagem

A seca dos rios já atinge cerca de 17 municípios afetando o desabastecimento de produtos e também a morte de animais


O Governo Federal vai organizar uma força tarefa para combater a estiagem dos rios no Amazonas, que já deixou 17, dos 62 municípios do Estado, em situação de emergência, de acordo com os dados da Defesa Civil.  Além de afetar a navegação e causar o isolamento de comunidades rurais, a vazante dos rios agora tem provocado também a morte de peixes, botos e até mesmo peixes-boi, entre outras espécies que habitam os rios do interior.

Foto: divulgação rede amazônica

Isso porque nas cidades do Médio Solimões a água praticamente desapareceu de alguns trechos, formando verdadeiros bancos de areia no leito do rio. Dessa forma, animais aquáticos de grande porte como botos e peixe-boi, acabam ficando presos em pequenas poças de água, como no caso do município de Tefé, onde foi encontrado um filhote de peixe-boi que ficou encalhado em uma espécie de piscina natural causada pela seca.

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De acordo com os estudos dos Instituto Mamirauá, que monitora os efeitos da vazante no Médio Solimões, a seca dos rios está num processo acelerado que dificulta a migração dos animais que acabam ficando encalhados e assim como o peixe-boi, estima-se que mais de 20 botos já foram encontrados mortos ao longo do Lago de Tefé.

Foto: radar amazônico

Já no município de Manacapuru, também foram encontradas centenas de peixes mortos dentro da Reserva Sustentável do Piranha. De acordo com especialistas, o fato ocorreu devido ao baixo nível de oxigênio na água que acabou ocasionando a morte coletiva dos peixes de pequeno porte prejudicando duplamente os moradores da comunidade que além de não ter o peixe para se alimentar, também não podem utilizar a água que ficou imprópria para o consumo por causa da decomposição dos animais.

 

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