O ministério da Economia, através da Secretaria de Trabalho da autarquia, divulgou nesta sexta-feira (9), os dados referentes ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês de janeiro desse ano. Os números apontam a criação de 83. 297 novos postos de trabalho com carteira assinada no primeiro mês de 2023. Em comparação ao período homólogo, tinham sido criados 155.178 postos de trabalho, indicando uma queda de 63% na geração de empregos formais.
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Segundo o Caged, a causa da queda de empregos formais se deu pela desaceleração econômica e pelo fechamento de vagas temporárias no comércio. O Cadastro é um termômetro entre as contratações e demissões. No país. Apesar da desaceleração em relação a janeiro do ano passado, houve melhora em relação a dezembro, quando haviam sido fechados 440.669 postos.
Em relação por ramos de atividade, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em janeiro. O setor de serviços lidera, com a abertura de 40.686 postos, seguido pela construção civil, com 38.965 postos a mais. Em terceiro lugar, vem a indústria (de transformação, de extração e de outros tipos) com a criação de 34.023 postos de trabalho.
A agropecuária foi setor que teve maior aumento de empregos, com a abertura de 23.147 postos. Somente o comércio, pressionado pelo fechamento de vagas temporárias típico do início de ano, extinguiu empregos com carteira assinada no mês passado, com o fechamento de 53.524 vagas.
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No setor de serviços, a criação de empregos foi puxada pelo segmento de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com a abertura de 19.463 postos formais. O grupo de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas abriu 16.447 vagas.
Na indústria, o destaque positivo ficou com a indústria de transformação, que contratou 33.738 trabalhadores a mais do que demitiu. As estatísticas do Caged, apresentadas em 2020, não detalham as contratações e demissões por segmentos do comércio. A série histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e varejista.
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Três das cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em janeiro. O Sul liderou a abertura de vagas, com 32.169 postos a mais, seguido pelo Centro-Oeste, beneficiado pela safra de grãos, com 27.352 postos. Em seguida, vem o Sudeste, com 18.778 postos. O Nordeste fechou 133 postos de trabalho, e o Norte extinguiu 482 vagas formais no mês passado.
Na divisão por unidades da Federação, 16 registraram saldo positivo, e nove extinguiram vagas. Os destaques na criação de empregos foram São Paulo (+18.663 postos), Santa Catarina (+15.727) e Mato Grosso (+13.715). As maiores variações negativas ocorreram no Ceará (-3.033 postos), Pará (-1.853) e Paraíba (-1.717).