O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou na noite deste domingo (28) em Brasília-DF, para participar de uma reunião no Palácio do Planalto, com o presidente Lula (PT) e todos os outros presidentes da América do Sul, com exceção da Presidente do Peru, Dina Boularte. O líder venezuelano está no país acompanhado de sua esposa Cilia Flores, “ex-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela”.

Imagem: Twitter Nicolás Maduro
Nesta segunda-feira (29) Maduro, foi recepcionado por Lula (PT) com honras de chefe de Estado, o que inclui subida à rampa do Palácio, passando em visita às tropas, fotografia oficial, cumprimento das delegações e cerimônia festiva no Palácio do Itamaraty.
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Maduro, disse que as portas estavam fechadas para o governo venezuelano, mas agora é coisa do passado. “Brasil tinha fechado as portas e janelas para a Venezuela e tentou junto a outros governos, com essa fórmula extremista, importar na Venezuela um governo inexistente. Mas isso é passado”.
Maduro expressou sua satisfação em estar o Brasil e pediu “que nunca mais ninguém feche as portar entre Brasil e Venezuela” e que “juntos possam estar unidos de agora em diante para sempre”.
Para o ditador venezuelano, o hoje, define uma nova época entre os países e povos para construir um novo mapa que envolva todas as áreas, como: economia, comercio, saúde, cultura, educação e agricultura entre os governos. “A Venezuela está preparada para retomar as relações virtuosas com os empresários brasileiros para voltarmos ao tempo de trabalho conjunto, desenvolvimento e reconhecimento”.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ao lado de Maduro, Lula afirmou que a Venezuela é “vítima de uma narrativa de antidemocracia e autoritarismo”. “Se eu quiser vencer uma batalha, eu preciso construir uma narrativa para destruir o meu potencial inimigo. Você sabe a narrativa que se construiu contra a Venezuela, de antidemocracia e do autoritarismo”, disse o petista.
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A presença de Maduro no Brasil, causou grande alvoroço e revolta entre os parlamentares brasileiros, definido por um requerimento apresentado pelo deputado federal, Coronel Assis (UB) à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, que pediu “prisão imediata” ao político venezuelano através das autoridades brasileiras e internacionais.
Segundo o documento, Maduro, é considerado “persona non grata” e “genocida”. O documento ainda afirma que a ação deve ser apresentada à Interpol alegando que os critérios atribuídos ao pedido de prisão, estão conforme o tratado de Roma. Na peça apresentada à Comissão, foi solicitada a inclusão na pauta de terça-feira (30).

Imagem: Presidência da República – Brasil
Em 2020, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou formalmente, Maduro e outras autoridades venezuelanas, pelo crime de narco-terrorismo. A Corte americana entendeu que os envolvidos trabalham em conjunto com o grupo guerrilheiro colombiano – Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) para o envio de cocaína ao território norte-americano, além de outros crimes atribuídos contra o líder venezuelano.