Em uma declaração na sua rede social neste domingo (16), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou que os móveis retirados do Palácio do Alvorada (moradia oficial do presidente da república) após o fim do mandato do marido eram seus. Em seus stories no Instagram, Michelle respondeu a um seguidor que a questionou sobre os supostos móveis desaparecidos. A esposa do ex-presidente disse que o mobiliário oficial do Alvorada está guardado em um depósito também oficial da presidência.
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“Eu tenho como provar. Fiquei seis meses dormindo na cama do Alvorada, que outros presidentes dormiram. No segundo semestre de 2019, a minha mudança chegou. Os móveis que saíram do quarto e da sala eram móveis da minha casa”, explicou a ex-primeira-dama.
Conforme Michelle, a escolha por trazer sua mobília pessoal do Rio de Janeiro para o Alvorada aconteceu após pedido da filha Laura. “Então nós tiramos os móveis [do Alvorada], esses móveis foram para o depósito e eu coloquei os móveis do meu quarto e da sala”, acrescentou.
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A declaração da ex-primeira-dama rebate os questionamentos de seguidores sobre um comunicado da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), onde afirmar que 83 mobílias ainda não foram localizadas após a troca de governo.
Com a repercussão do assunto, a atual presidente do PL Mulher usou as redes sociais para responder onde os móveis devem estar. “Estão ou no depósito 5 do Palácio da Alvorada, ou no depósito da Presidência. Existe esse depósito com várias cadeiras, mesas, sofás, quadros. Você pode fazer esse rodízio. Quando a Marcela Temer me apresentou o Alvorada, ela me falou dessa possibilidade. Trazer os móveis da minha casa e poder utilizá-los no Alvorada”, disse Michelle, que criticou o presidente Lula.
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“Infelizmente, os que pregam a humildade, a simplicidade, não querem viver no simples. Zombando e brincando com o dinheiro do contribuinte. (…) Nós ficamos por quatro anos no Alvorada. Não tinha toalha, não tinha roupa de cama decente. Eu usei os meus lençóis na minha cama e na [cama] de visitas para não fazer licitação, porque eu entendi o momento que nós estávamos vivendo. Agora, eu sugiro a CPI dos móveis do Alvorada”, concluiu.
Até o fechamento dessa matéria, a Secom não respondeu às declarações da ex-primeira-dama sobre os 83 móveis não localizados.