A assessoria de imprensa do Hospital Universitário de Londrina confirmou, na madrugada desta terça-feira (20/06), a morte do estudante Luan Augusto da Silva, de 16 anos, uma das vítimas do atirador que atacou estudantes no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná. Luan estava internado desde a manhã da segunda-feira (19/06), quando foi encaminhado socorrido estado gravíssimo. Sua namorada, Karoline Verri, também de 17 anos, morreu ainda no local.
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O atirador, um ex-aluno de 21 anos, entrou na escola com a um revólver calibre 38, com 50 munições e sete carregadores e também uma machadinha. Com a justificativa de ir à secretaria solicitar o histórico escolar, o homem foi ao banheiro antes de iniciar os disparos, de onde saiu já armado, atirando pelos corredores e foi em direção onde haviam alguns estudantes e atingiu a moça com um tiro na cabeça e o rapaz.
Um professor conseguiu imobilizar o atirador (por ter passado por treinamento oferecido aos trabalhadores da educação), evitando que mais alunos fossem atingidos.
Luan e Karine faziam parte da paroquia Santo Antonio de Cambé, onde seus pais atuam como coordenadores de uma comunidade católica.
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De acordo com o delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina, Fernando Amarantino Ribeiro, o ex-aluno disse que sofria bullying quando frequentava a escola, em 2014, e teria planejado o atentado nos últimos meses. Para a Polícia, o atirador planejou tudo, com o intuito de se vingar das ofensas que sofreu na época em que era aluno da escola.
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“Ele alega que, no período em que estudou no colégio, do 1º ao 7º ano, sofria bullying dos alunos que tinham a idade dele à época, 15 anos. O objetivo dele, hoje, era atacar jovens com essa faixa etária ”, disse o delegado Fenando.
Segundo o delegado, o atirador falou ter sido diagnosticado com esquizofrenia e passa por acompanhamento junto a Secretaria de Saúde de Rolândia, cidade vizinha onde morra, e faz uso de medicamentos. O atirador também disse ter perturbações, ver pessoas e ouvir vozes.