Continua depois da Publicidade
A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta terça-feira (26), 14 mandatos de busca e apreensão em endereços ligados ao Consórcio Nordeste em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Bahia. A operação busca investigar supostos desvios de R$49 milhões de dinheiro público na compra de 300 respiradores pulmonares para o tratamento de Covid-19.
Cerca de 60 policiais federais e 10 auditores da CGU atuam na execução da Operação Cianose, que apura o caso. Um dos alvos dos mandatos seria o ex-secretário da Casa Civil do governador da Bahia, Rui Costa (PT), identificado como Bruno Dauster. Embora investigado, o governador não é alvo desta operação.
“Não tem ninguém mais ansioso para que essa apuração seja finalizada. Já se vão quase dois anos. Eu continuo indignado por saber que essas pessoas estavam presas, iriam devolver o dinheiro, e o MP pediu para soltar e a Justiça concordou. Queremos a solução disso. Os culpados vão para o xilindró. Desejo e comento que estou ansioso para que isso seja concluído”, afirmou Costa.
Continua depois da Publicidade
Criado em 2019, o Consórcio Nordeste é uma organização formada pelos noves estados da região. Em março de 2020, os integrantes decidiram realizar a compra conjunta de bens e serviços destinados ao enfrentamento da pandemia, entre eles os respiradores. A operacionalização dessas aquisições coube ao Estado da Bahia, através da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).
Para viabilizar essa aquisição, conforme a CGU, cada Estado Transferiu para o Consórcio Nordeste o valor de R$4.947.535,80, correspondente a 30 respiradores, e a Bahia o montante de R$9.895.071,60, referente a 60 respiradores, os quais foram pagos antecipadamente, nunca foram entregues, e muito menos os valores foram restituídos.