MILÍCIAS DIGITAIS

Polícia Federal prende ex-assessor de Bolsonaro e apreendem celular do ex-presidente após busca e apreensão em sua casa em Brasília

A “Operação Venire” está inserida no âmbito do inquérito das “milícias digitais” proposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


Foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (3), o ex-ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Tenente-coronel Mauro Cid, em Brasília. A ação foi realizada através da “Operação Venire”, deflagrada no intuito de apurar a prática de crimes na inserção de dados falsos sobre vacinação contra Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde (sistemas SI-PNI e RNDS). Além da prisão de Cid, policiais da PF fizeram uma operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente Bolsonaro em Brasília, localizada no Jardim Botânico. Nas buscas realizadas pela PF, o celular do ex-presidente também foi apreendido.

Foto: Alan Santos/Presidência da República

A “Operação Venire” está inserida no âmbito do inquérito das “milícias digitais” proposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De Acordo com uma nota divulgada pela PF, “foram cumpridos seis mandados de prisão e 16 de busca e apreensão em Brasília e no Rio de Janeiro. Os materiais apreendidos pela PF devem passar por uma análise na corporação e a realização das oitivas das pessoas envolvidas que contenham informações a respeito dos fatos”.

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Outros dois assessores de Bolsonaro, que trabalhavam no Palácio do Planalto, também foram presos pela PF. Outra pessoa próxima do ex-presidente, o secretário municipal de Governo da cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, João Carlos de Sousa Brecha, também foi detido pela Polícia Federal.

O motivo da prisão de João Carlos, se deu através da questão de um dos registros encontrados em investigações da PF, no sistema da Saúde de Duque de Caxias, sobre a vacinação de Bolsonaro em um posto de saúde do município fluminense. Na ocasião, o registro informa que Bolsonaro teria tomado a vacina contra a Covid-19 nesse local. Segundo a Polícia Federal esse dado foi adulterado.

O deputado federal Gutemberg Reis (MDB) (que está em Brasília), irmão do ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (atual secretário estadual de Transportes do Governo de Cláudio Castro), também foi um dos alvos da operação.

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