Após a cerimônia de posse, ainda no domingo 1º de janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em seus primeiros atos como presidente do Brasil, cumprindo suas promessas de campanha, revogou os decretos presidenciais que foram feitos durante o governo de Jair Messias Bolsonaro (PL).
O destaque do “revogaço” de Lula, foi o despacho direcionado a Controladoria-Geral da União determinando reavaliar, no prazo de 30 dias, as decisões do ex-presidente que impuseram sigilo sobre documentos e informações da Administração Pública.
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Seguindo suas primeiras medidas, Lula também assinou uma edição da medida provisória, que garante o pagamento de R$ 600 para as famílias inscritas no atual programa assistencialista, “Auxílio Brasil”, que deverá voltar a se chamar “Bolsa Família”. E o presidente também prorrogou, por mais 60 dias, a isenção de tributos federais nos combustíveis sobre o ICMS, anteriormente o decreto previsto no governo Bolsonaro era de 90 dias.
O chefe do poder executivo federal, ainda determinou aos seus ministros que encaminhem propostas para a retirada de processos de desestatização de empresas públicas como a Petrobras, Correios e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), entre outras.
Uma das medidas mais acompanhadas pela sociedade civil foi o decreto assinado por Lula que reduz o acesso às armas e munições, suspendendo o registro de novas armas de uso restrito de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs). Lula também suspendeu as autorizações de novos clubes de tiro até a edição de uma nova regulamentação.
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O determino acondiciona a autorização de porte de arma à comprovação da “necessidade”, atualmente, bastava apenas uma declaração afirmando. O decreto também determina o recadastramento de todas as armas adquiridas a partir da edição do Decreto n° 9.785, de 2019 no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal, em 60 dias.
Lula também estabeleceu restrições sobre a proibição do transporte de arma municiada, a prática de tiro desportivo por menores de 18 anos e a redução de seis para três na quantidade de armas para o cidadão comum, entre outras. O presidente também determinou a criação de um grupo de trabalho que terá 60 dias para apresentar uma proposta de nova regulamentação do Estatuto do Desarmamento.
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Na questão ambiental, Lula despachou ao Ministério do “Meio Ambiente e Mudança do Clima” apresentar, em 45 dias, uma proposta de nova regulamentação para o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
E continuando o “revogaço” do presidente Lula, está o decreto assinado neste domingo que reestabelece o “Fundo Amazônia”, criado para fomentar programa e ongs na defesa da fauna e flora amazônica, onde irá viabiliza a utilização de R$ 3,3 bilhões em doações internacionais para combater o crime ambiental na Amazônia.
Finalizando as primeiras medidas do governo Lula, por meio de decreto, o presidente revogou a medida do governo Bolsonaro que incentivava o garimpo artesanal na Amazônia, em terras indígenas e em áreas de proteção ambiental.