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Pacheco assegura instalação de CPIs, mas só depois do período eleitoral

Sobre a CPI do MEC, foram coletadas 31 assinaturas de senadores da oposição do governo, quatro a mais do necessário para protocolar o requerimento.


O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) assegurou nesta terça-feira (05) que irá fazer a leitura em plenário do pedido de instalação de novas Comissões parlamentares de Inquérito (CPIs), porém os trabalhos das comissões só irão começar após o período eleitoral, a partir de novembro.

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Pacheco afirma que para iniciar os trabalhos nas CPIs é preciso definir os procedimentos regimentais: “A ampla maioria dos líderes entende que a instalação de todas elas deve acontecer após o período eleitoral, permitindo-se a participação de todos os senadores e evitando-se a contaminação das investigações pelo processo eleitoral”, disse o Senador.

Em suas redes sociais, Rodrigo reconhece a importância dessas CPIs. “Reconheço a importância das CPIs para investigar ilícitos no Ministério da Educação (Mec), desmatamento ilegal na Amazônia, crime organizado e narcotráfico”, disse Pacheco.

Sobre a CPI do MEC, foram coletadas 31 assinaturas de senadores da oposição do governo, quatro a mais do necessário para protocolar o requerimento. DE autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede) a CPI pretende investigar um suposto esquema de tráfico de influência no Ministério da Educação. Em outra frente de batalha o presidente do Senado também é pressionado para a instalação da CPI que pretende investigar obras inacabadas em escolas, creches e universidades, do período entre 2006 a 2018, protocolada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ)

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E completando a gama de pedidos de novas CPIs, está a investigação do crime organizado protocolada pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE), a CPI do Crime Organizado/Narcotráfico, foi idealizada para apurar e investigar a grande quantidade de homicídios de jovens no Brasil, entre os anos de 2006 a 2020. O senador recordou os episódios de crimes violentos em 2016 nas prisões do Acre, Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, e Rio Grande do Norte.

Para o senador Randolfe Rodrigues, o adiamento da instalação da CPI do MEC seria irregular, pois segundo Randolfe, não cabe ao colégio de líderes julgar a “conveniência e oportunidade” de uma Comissão. Segundo rodrigo, a decisão de adiar a CPI, foi do colégio de líderes do senado. Randolfe disse que irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal caso Pacheco não dê continuidade aos trâmites legais da instalação das CPIs. “Isso seria obstruir o direito constitucional da minoria.” Após uma determinação do STF, Rodrigo Pacheco instalou a CPI da pandemia.

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