A ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT) irá assumir o cargo de presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do Bloco econômico dos (BRICS), formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Nesta sexta-feira (24), a ex-presidente passa por votação que é considerada uma formalidade para a posse da economista. Dilma vai substituir o diplomata e economista Marcos Troyjo, que fazia parte da equipe do ex-ministro Paulo Guedes, na liderança da instituição financeira. A posse de Dilma está prevista para a próxima quarta-feira (29).
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Imagem: ALEXANDRE BRUM/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
Historicamente, os indicados costumam ser eleitos por unanimidade e Dilma foi a única candidata indicada ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Participam da votação os ministros da Fazenda dos países fundadores e representantes de novos integrantes: Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito e Uruguai.
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Após o anúncio da troca de comando, ela passou a ser sabatinada por autoridades internacionais. A ex-presidente receberá o salário mensal de cerca R$ 220 mil no mandato, que vai até julho de 2025. O banco dos Brics trabalha com o financiamento de obras e projetos de infraestrutura nos países que compõem o bloco de economias emergentes.
A carteira de investimentos do banco é estimada em cerca de US$ 33 bilhões. Na presidência da instituição, a petista deverá estreitar as relações entre Brasil e China. Dilma não ocupa nenhum cargo público desde que sofreu um impeachment em 2016 por crime de responsabilidade fiscal.
Dilma foi acusada de ter realizado “pedaladas fiscais”, que é uma prática do Tesouro Nacional de atrasar de forma proposital o repasse de dinheiro para bancos e autarquias, a fim de melhorar artificialmente as contas federais. Devido a um cenário político turbulento, o país entrou em uma crise financeira em meio a seu processo de afastamento.