O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (8), em Brasília, indicou o economista, Gabriel Galípolo seu braço direito e número dois (nº2) no ministério da Fazenda, para o cargo de diretor de política monetária do Banco Central (BC). Para o lugar de Galípolo na secretaria-executiva da Fazenda, o indicado será o advogado Dario Durigan, que atualmente “Head” de políticas públicas do WhatsApp. Durigan, foi assessor especial de Haddad quando o petista administrava a prefeitura de São Paulo.
Conforme Haddad, Galípolo tem a confiança do presidente Lula. “Galípolo foi presidente de banco, é conhecido dos economistas, é coautor de todas as políticas públicas que estão sendo endereçadas ao Congresso Nacional”.
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O ministro da Fazenda do governo Lula, afirmou que a indicação deve trazer um “entrosamento entre as equipes do BC e a Fazenda”
“Nós estamos procurando entrosamento e todo mundo é testemunha do esforço que vem sendo feito de parte a parte, no sentido de permitir uma coordenação maior das políticas fiscal e monetária, no sentido de integrar mais e de dar uma perspectiva uniforme para o país, um direcionamento único. São braços do mesmo organismo que precisam trabalhar pelo mesmo propósito.”
Galípolo é ex-presidente do Banco Fator, e é presença recorrente em agendas com o presidente Lula no Palácio do Planalto, além de ter contato frequente com Campos Neto.
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Entre as negociações realizadas pelo secretário da fazenda, estão o novo marco legal das parcerias público-privadas, o arcabouço fiscal que já está tramitando no Congresso Nacional além da medida para taxar sites chineses de comércio eletrônico, entretanto a medida foi descartada pelo governo federal após pressão política contrária.
Caso seja aprovado na sabatina do Senado Federal, o economista deve se tornar um dos diretores do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), além de participar ativamente das discussões do colegiado sobre a definição da taxa de juros do país (principal ponto de tensão entre o Banco Central e o governo Lula).
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Haddad também indicou o servidor de carreira do Banco Central, Aílton dos Santos, para a diretoria de Fiscalização da autarquia. Santos atuou como chefe do departamento de Contabilidade, Orçamento e Execução Financeira do BC. Caso seja aprovado, Aílton será o único negro da atual diretoria monetária.
“Imagino que as indicações de Galípolo e Aílton dos Santos sejam rapidamente encaminhadas à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Espero tramitação tranquila e sem resistências”, disse o ministro.
*Contribuição Reuters.