ECONOMIA

Pesquisa DataFolha indica aumento do pessimismo com a economia no governo Lula

O levantamento realizou 2.028 entrevistas entre os dias 29 e 30 de março em 126 municípios de todo o país.


Uma pesquisa realizada pelo DataFolha sobre o nível de confiança do brasileiro na economia do país, foi divulgado para apreciação pública nesse domingo (2). Conforme o levantamento, número de brasileiros que dizem acreditar em uma piora da economia nos próximos meses aumentou em março. O levantamento sobre o tema é o primeiro feito após o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Foto: Peixoto Online

Conforme os dados apresentados, 26% dizem que a situação econômica do país deve piorar nos próximos meses, o mesmo resultado daqueles que acreditam que não haverá mudança. Segundo a pesquisa de dezembro de 2022, logo após a eleição de Lula, o percentual dos que acreditavam em uma piora da economia era de 20 pontos percentuais. Essa queda foi registrada entre os que contam com uma melhora da atividade econômica, que passou de 49%, em dezembro, para 46% em março.

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O levantamento realizou 2.028 entrevistas entre os dias 29 e 30 de março em 126 municípios de todo o país. A margem de erro para essa pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Sobre a situação do país nos últimos meses, 41% dos entrevistados dizem que está igual, sendo que anteriormente esse número era de 35%. Já sobre as pessoas que responderam que o país vai piorar, somam 35%, sendo que anteriormente esse número era de 38%. Dos entrevistados, apenas 23%, disseram que o cenário melhorou (antes esse número era de 26%).

Os entrevistados também foram questionados quanto a suas finanças pessoais, e os números apontam 56% dos que responderam que irá melhorar (anteriormente esse número era de 59%), uma baixa de 4 pontos percentuais, enquanto 14% dos entrevistados responderam que irá piorar, um aumento de 3%, onde esse número. Era de 11%. Na última pesquisa e, mantendo o patamar, 28% relatam que deverá ficar como está.

Questionados na pesquisa sobre a criação de empregos, segundo os entrevistados, os números apontam que o pessimismo também aumentou, na comparação com a pesquisa anterior. Para 44% a taxa de desemprego deve aumentar (eram 36%), enquanto 29% esperam uma redução do índice (ante 37%).

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Segundo dados divulgados na sexta-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam um aumento do desemprego no país. Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), a taxa de desemprego no Brasil subiu para 8,6% no trimestre encerrado no mês de fevereiro. Nos três meses anteriores, a taxa de desocupação aumentou 0,5%pp), e o número de desocupados cresceu 5,5%, totalizando 9,2 milhões de pessoas.

Sobre a inflação, para 54% dos entrevistados o índice deve aumentar nos próximos meses (eram 39% em dezembro). Já 20% afirmam que a inflação deve diminuir e finalizando 24% acreditam que ela não deve mudar. Durante o mês de fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) —que mede a inflação oficial no país, indicou que houve uma aceleração de 0,84%, após uma alta de 0,53% em janeiro.

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A inflação acumulada de 2022 é de 5,60%. Entretanto, apesar da aceleração mensal para a taxa mais elevada desde abril do ano passado, o índice passou a acumular nos 12 meses até fevereiro, já que, no mês anterior, o avanço foi de 5,77%. O número permanece acima do centro da meta para 2023, de 3,25%, e do teto da meta, de 4,75%. Por fim, com relação ao poder de compra das famílias, 33% dizem que deve aumentar, 31% esperam uma redução e 34% não enxergam mudança.