ECONOMIA

Petrobras vê oportunidade de recuar preço dos combustíveis devido à queda no preço do petróleo

Os contratos do petróleo Brent, são uma referência mundial utilizadas no cálculo para estipular o valor dos combustíveis vendidos no Brasil.


Desde o início do governo Lula, o barril de petróleo (tipo Brent) negociado na Bolsa de Valores de Londres, vem diminuindo de valor, cotado nessa quarta-feira (12/05) a US$ 75,41, em comparação com os US$ 85,91 em janeiro desse ano, o valor caiu 12,2%.

(Foto: Geraldo Falcão/Agência Petrobras)

O petróleo vem se desvalorizando nesse ano de 2023, embora essa queda tenha sido interrompida no mês de abril, quando avançou 6,47% na bolsa, devido ao anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de racionar a produção em 1 milhão de barris por dia. Após o informativo da autarquia internacional, o preço voltou a cair e fechar abaixo do US$ 80.

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Os contratos do petróleo Brent, são uma referência mundial utilizadas no cálculo para estipular o valor dos combustíveis vendidos no Brasil. Durante o governo de Michel Temer (MDB), em outubro de 2016, a Petrobras assumiu a política de Preços de Paridade de Importação (PPI). Essa manobra econômica estipula que, além do “Brent” o preço dos combustíveis vendidos nas refinarias e que vão para as bombas dos postos nas cidades de todo o país, também está atrelado ao Dólar americano.

Nesse ano, a moeda norte-americana também teve uma baixa (7,9%), dando fôlego para uma redução no valor dos combustíveis. Devido à queda vertiginosa do “brent”, a Petrobrás vê estímulos para uma nova redução dos preços direto nas refinarias. Só no 1º trimestre de 2023, a estatal negociou 8,4% a menos no preço do barril em relação ao último trimestre de 2022. A empresa divulgou a operação no seu balanço financeiro.

Uma redução do preço dos combustíveis configura uma boa notícia para o governo federal. O preço da gasolina vem impactando fortemente a opinião pública, e a queda do valor desse derivado do petróleo também pode dar um fôlego nos índices de aprovação do governo Lula.

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Um dos impactos positivos na redução, se refere diretamente no preço do gás de cozinha e no diesel, que podem refletir na inflação. E consequentemente a queda dos juros. Porém, o governo federal vem pressionando desde março desse ano que o Banco Central reduza artificialmente a taxa básica, da Selic, que hoje está em 13,75%.