Foi realizada, na tarde dessa segunda-feira (18), no Palácio do Planalto, uma reunião proposta pelo presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) a embaixadores de 40 países instalados no país, para falar sobre o sistema eleitoral e possíveis falhas nas urnas eletrônicas, durante as Eleições 2022.
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Também participaram da reunião, além dos diplomatas, os ministros Paulo Sérgio Oliveira (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Bruno Bianco (Advocacia Gera da União), Luiz Carlos Gomes Mattos (Supremo. Tribunal Militar). Foram também convidados presidentes de tribunais, além do ministro do Supremo Tribunal Federal, Édson Fachin, mas o mesmo recusou, afirmando que o “dever de imparcialidade” o impedia de comparecer ao evento.
Bolsonaro apresentou aos chefes de missões diplomáticas, vasto material de mídia (vídeo, sites de notícias, etc) com tradução simultânea para o inglês (entitulada “Briefing com os embaixadores”), de declarações dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) contra declarações do presidente sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas.
Bolsonaro afirmou também que sua carreira política é o resultado do processo democrático e que jornais e declarações de magistrados constantemente tentam “desestabilizar” seu governo. O Presidente citou ainda o projeto do voto impresso, rejeitado pela Câmara dos deputados em 2021.
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O chefe do executivo rebateu as críticas dos magistrados e ressaltou o compromisso com a transparência e a confiança nas eleições brasileiras. Bolsonaro citou o caso do inquérito da Polícia Federal sobre uma invasão hacker no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde o invasor alegou ter tido acesso aos códigos-fonte da corte eleitoral e consequentemente adquiriu a senha de um magistrado.
O presidente afirmou que “hackers ficaram por oito meses dentro do TSE. Ao longo do inquérito, eles poderiam alterar nomes de candidatos e transferir votos de um para transferir a outros”, disse o presidente.
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Bolsonaro contestou as acusações dos ministros quanto ao sigilo das investigações, onde o presidente não poderia divulgar o material que estava sob a tutelada PF. O tribunal enviou, em agosto do ano passado uma notícia-crime pelo vazamento de inquérito pelo presidente. “É um inquérito que não tem qualquer classificação sigilosa”, disse o presidente.
Para Bolsonaro, as eleições de 2020 não poderiam ter passado sem a conclusão do inquérito. “Tudo o que falo aqui ou é conclusão da PF ou é diretamente informações prestadas pelo TSE”, ressaltou.