O pré-candidato à presidência da republica, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda tem esperanças de fechar o poio do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) à sua candidatura ao Planalto. O petista terá uma reunião nessa segunda-feira (18), com líderes do MDB de 10 estados para ratificar apoio nas eleições desse ano.

Lula pretende usar sua proximidade com uma parte importante dos emedebistas, porém a união esbarra na candidatura à presidência da República, da senadora, Simone Tebet (MDB) já anunciada como pré-candidata da silga.

O encontro foi marcado após uma reunião entre o ex-presidente e o senador Eduardo Braga (MDB-AM) na última terça-feira (12), em Brasília. Na ocasião o senador reafirmou que o ex-presidente está apoiando a sua pré-candidatura ao governo do Amazonas.

A convenção nacional do MDB está marcada para o dia 27 de julho e, diferente das convenções habituais, o evento será realizado virtualmente. Mesmo Lula tendo apoio de uma parte dos emedebistas, o nome de Tebet deverá ser oficializado como candidata do partido nas eleições de 2022.

Com essa divisão na legenda,  Tebet deverá ficar sem palanque ou dividir as atenções em estados como: Amazonas, Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Ceará e Paraíba, onde os partidários dessas localidades fecharam apoio ao candidato do PT.    

Porém o presidente do partido, deputado Baleia Rossi (MDB), e o ex-presidente Michel Temer, que foi vice da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), rejeitam uma aproximação com o partido de esquerda, sendo os principais apoiadores da candidatura de Tebet.

Embora a candidatura da senadora seja homologada, os partidários que declaram apoio ao petista não deverão ser punidos, sendo que a cúpula do MDB já havia liberado as campanhas estaduais a selarem acordos em suas regiões.

Mesmo com a cúpula do partido já tendo definido a candidatura de Tebet, alguns apoiadores estão alertas quanto a pressão do PT aos correligionários do MDB, às vésperas da convenção da sigla. Existe a possibilidade de uma parte dos votos para a candidatura da senadora migrarem para o apoio a Lula, com o intuito de ajudar a vitória, em primeiro turno, do petista.