Eleições 2022

TSE rejeita proposta das Forças Armadas e Defesa para alterar fiscalização das urnas eletrônicas

Conforme decisão do Presidente do TSE, a medida já é realizada pela instituição e afirmou ainda que testes de checagem “evidenciam o pleno sucesso e completo êxito do teste de integridade.


O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, rejeitou nessa quarta-feira (26), as sugestões do Ministério da Defesa e das Forças Armadas, no que se propõem a mudanças no processo de fiscalização das urnas eletrônicas no segundo turno das eleições desses ano. Os militares pediram uma mudança no teste de integridade das urnas eletrônicas com biometria.

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Conforme decisão do Presidente do TSE, a medida já é realizada pela instituição e afirmou ainda que testes de checagem “evidenciam o pleno sucesso e completo êxito do teste de integridade, inclusive do Projeto-Piloto com Biometria, não ocorrendo nenhuma discrepância”, afirmou o ministro.

Alexandre de Moraes afirmou ainda que, mesmo com a decisão contrária ao pedido das FFAA e Defesa, estuda analisar as propostas apresentadas pelas instituições federais. Porém, pediu que o Ministério da Defesa possa disponibilizar à Corte Eleitoral o relatório final das Forças Armadas acerca da fiscalização das máquinas de votação.

Entenda o caso

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A menos de uma semana das eleições de segundo turno, as Forças Armadas e a Controladoria Geral da União (CGU), enviaram um documento com sugestões para a melhoria do processo eleitoral ao TSE. O motivo da solicitação foi a baixa procura de eleitores no projeto-piloto da Justiça Eleitoral de integridade com a biometria.

“Sugerimos convidar todos os eleitores que comparecerem à seção eleitoral, com o intuito de buscar fazer com que o número de voluntários alcance, ou mesmo supere, o percentual de 82% do número de eleitores registrados na respectiva seção”, disse chefe da equipe de fiscalização das FFAA Coronel Marcelo Nogueira, em ofício enviado ao TSE.

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A possibilidade foi descartada pela Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE: “ A sugestão depende da adesão do eleitorado, uma vez que a participação deve ser incentivada a ser espontânea, logo, não há como antemão assegurar um determinado percentual mínimo de adesão”, disse.

As Forças Armadas também indicaram que é preciso garantir o acesso aos boletins de urna impressos em todas as seções eleitorais. O Tribunal Eleitoral informou que o boletim é afixado na porta de cada seção ao fim da votação, portanto o teste de integridade é uma fase de auditoria das urnas eletrônicas e feito no dia da eleição com o objetivo de verificar se os votos computados na urna não sofreram alteração no sistema e são enviados corretamente para a contagem do TSE. Conforme o TSE, 641 urnas foram testadas em 2022. Segundo o tribunal, a auditoria nas urnas não encontrou nenhuma divergência e confirmou a lisura das eleições.