O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) decidiu, na tarde desta quarta-feira (30) manter a interdição do Estádio de São Januário (casa do Clube de Regatas Vasco da Gama). O julgamento terminou com o placar de 2 votos a favor e um contra. Com a determinação o Estádio de futebol irá permanecer com os portões fechados até o resultado de uma nova perícia com prazo de 90 dias para conclusão. O Vasco deve recorrer da decisão no Supremo Tribunal de Justiça, em Brasília.
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No início do julgamento, o desembargador Fernando Foch, que presidiu a sessão, começou sua explanação fazendo uma reflexão sobre o que “emociona ou não”, citando os moradores de rua do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde citou a “escória humana” dos membros da “cracolândia”. O desembargador disse também que nada disso “nos emociona, mas o futebol nos emociona”.
Outra questão Lembrada pelo desembargador, foi que havia um processo do Vasco e ameaçou prender qualquer pessoa que se comportasse “como numa arena” no tribunal. “Devo dizer que isso não é uma arena, as emoções que fiquem numa arena. Exijo compostura”, disse Fernando.
Apesar do resultado contrário da liberação do Estádio vascaíno, representantes do clube carioca conversam também com o Ministério Público do Rio de Janeiro para a realização de um acordo para a criação de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que pode extinguir o processo.
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A relatora do caso, a desembargadora Renata Cotta recomendou manter o Estádio de portões fechados, alegando prematura a liberação da localidade até a realização de uma perícia técnica para atestar a segurança para eventos esportivos, o desembargador Carlos Santos de Oliveira seguiu o voto da relatória.
Contrariando a decisão, a desembargadora Andréa Pacha votou a favor da liberação do público para comparecer ao Estádio. O processo foi analisado pela Segunda Câmara de Direito Privado durante uma sessão presencial na sede do Tribunal de Justiça, localizado no Centro da capital fluminense.
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Fechado há 69 dias, o Estádio de São Januário não recebe jogos de futebol ou qualquer evento com público desde o dia 22 de junho, quando o time do Vasco foi derrotado pelo Goiás pela 11ª rodada do campeonato brasileiro. O Vasco lamenta a decisão, pois a responsável pela perícia pediu um prazo de 90 dias para conclusão dos trabalhos. Entretanto, a justiça havia determinado anteriormente no momento da interdição, uma perícia em até 30 dias, porém já fazem 69 dias de interrupção.