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Boris Johnson renuncia ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido

Em seu discurso, Boris afirmou que estava “triste em deixar o melhor trabalho do mundo”.


Boris Johnson renunciou, na manhã desta quinta-feira (07), ao cargo de primeiro-ministro e da presidência do partido conservador do Reino Unido. Johnson declarou que irá ficar no cargo até que outro primeiro-ministro seja indicado pelo partido conservador, e consequentemente o novo líder da sigla.

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Em seu discurso, Boris afirmou que estava “triste em deixar o melhor trabalho do mundo”. A situação de Johnson no cargo já estava insustentável, devido uma série de escândalos e da perda de representatividade no governo e no partido, o que culminou com a renúncia coletiva de mais de 50 membros do alto escalão do governo.

O agora ex-primeiro ministro inglês estava à frente do cargo há três anos, após ter sido eleito em uma votação do Partido Conservador em 2019, substituindo Theresa May, que também renunciou a um dos cargos políticos mais importantes do Reino Unido.

A crise no governo Johnson iniciou no início desse ano, quando vazou a informação de que o premiê promoveu festas no jardim da residência oficial de Downing Street, em Londres, durante o primeiro Lockdown contra o covid-19.

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E a crise só se intensificou no governo Johnson, até que na última terça-feira (05), um ex-funcionário do Ministério das elações Exteriores do Reino Unido, acusou a equipe de Boris de mentir sobre um funcionário do Partido Conservador, Chris Pincher, com histórico de acusações de abuso sexual. De acordo com esse funcionário, Boris sabia do fato, mas preferiu nomear Pincher assim mesmo.

No dia seguinte as acusações, Johnson disse que não iria renunciar. “O trabalho de um primeiro-ministro em circunstâncias difíceis, quando você recebeu um mandato colossal, é continuar e é isto que vou fazer”, declarou.

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Boris se destacava no cenário político internacional, sendo uma das principais vozes contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, quando a pauta era a guerra da Ucrânia. Entretanto, seu mandato não estava mais inspirando confiança entre os britânicos.