Conforme dados oficiais, cerca de 23.000 pessoas realizaram um protesto contra o aborto neste domingo (12), no centro de Madrid, capital da Espanha. Os manifestantes criticaram a prática do aborto dizendo ser “a favor da vida desde seu início até o fim natural” e para rejeitar o aborto, que é legal no país. A manifestação foi convocada pela plataforma Sí a la Vida, composta por mais de 500 associações, tendo como único apoio político parlamentar o partido de direita ‘Vox’.
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Durante o protesto, os manifestantes carregavam faixas com fotos de fetos humanos e mensagens como “Ouça o batimento cardíaco, te digo que estou vivo”, “A voz do coração” ou “Nenhuma mãe se arrepende de ser”. Conforme a presidente da Federação Espanhola de Associações Pró-Vida, Alicia Latorre, declarou à EFE, que a lei espanhola sobre o aborto “tira os direitos dos nascituros e deixa as mães mais abandonadas”.
Interpelada sobre o que considera viável na interrupção voluntária da gravidez em casos como estupro, Latorre disse que o aborto “nunca resolve o trauma”, mas “acrescenta mais um”. Segundo a presidente da Associação, devem ser buscadas “soluções especiais”, mas “nunca tirar a vida” ou “abandonar a mulher”, disse.
Aprovado no último mês de fevereiro pelo Tribunal Constitucional espanhol a lei que permite o aborto gratuito no país em vigor desde 2010, é considerada como um “direito” durante as primeiras 14 semanas de gravidez. Dias depois, a maioria da esquerda no Parlamento espanhol aprovou uma reforma para eliminar a necessidade de consentimento dos pais para poder abortar aos 16 e 17 anos garantindo a interrupção voluntária da gravidez na saúde pública da Espanha.