TRAGÉDIA QUÊNIA

Sobe para 89 o número de mortos de seita religiosa no Quênia

A polícia tomou conhecimento do caso após um relatório em que o pastor foi denunciado por fazer lavagem cerebral nos fieis. Segundo as investigações, Makenzie incentivou outros seguidores a praticarem o “jejum infinito”, que no momento estão escondidos e sem se alimentarem.


Subiu para 89 o número de mortos vítimas de um líder religioso, Makenzie Nthenge da Igreja Internacional das Boas Novas, que incentivava seus fiéis a praticarem jejum infinito com a finalidade de conhecer Jesus. As informações foram confirmadas pela polícia local, que investiga o caso após denúncias contra o líder religioso que já está preso, após os corpos das vítimas serem encontrados em uma floresta na região de Malindi no leste do país.

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Antes dos corpos serem encontrados o fundador da igreja já teria sido preso e indiciado no mês passado, após duas crianças da seita morrerem de fome, porém Makenzie foi liberado após o pagamento de fiança.

A polícia tomou conhecimento do caso após um relatório em que o pastor foi denunciado por fazer lavagem cerebral nos fieis. Segundo as investigações, Makenzie incentivou outros seguidores a praticarem o “jejum infinito”, que no momento estão escondidos e sem se alimentarem.

Dentre os adeptos encontrados pelas autoridades locais estava uma mulher com sinais de fraqueza que se negava a ingerir alimentos. Ela foi levada pelos policiais para um hospital junto a outros fieis com idade entre 17 e 49 anos que foram encaminhados para centros de saúde da região após serem encontrados na floresta conhecida como Shakahola.

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Autoridades locais do Quênia informaram ainda que o número total de sobreviventes até o momento é de 34 pessoas.

“Embora o Estado deva continuar respeitando a liberdade religiosa, esse massacre […] deve levar não apenas à punição mais severa do(s) perpetrador(es) desta atrocidade que tirou tantas almas inocentes, mas também a uma regulamentação mais rígida (incluindo autorregulação) de cada igreja, mesquita, templo ou sinagoga daqui para frente”, disse o comunicado.

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A polícia segue as investigações para encontrara as demais pessoas que continuam a praticarem o ato de “jejum”. Nthenge, desta vez começou uma greve de fome após ser preso, outros seis seguidores também foram detidos junto com o líder religioso.