Jair Renan, filho caçula do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, foi alvo, na manhã desta quinta-feira (24/08), de dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados a ele, no apartamento onde ele mora em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e em um prédio no Sudoeste, área nobre Brasília. A operação Nexum foi deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal contra um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

A polícia investiga a abertura de contas no nome dos envolvidos na operação e ainda apura qual seria o papel do filho mais novo de Bolsonaro no esquema. Ao todo, os agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão. Fora Jair Renan, os outros alvos são: Maciel Carvalho, amigo e instrutor de tiro de Jair Renan, que é apontado como suposto mentor da quadrilha e já foi alvo de duas ações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) neste ano e Eduardo Alves dos Santos, que está foragido e é investigado por ser “testa de ferro” do esquema.

De acordo com a polícia, o grupo agia a partir de um laranja e de empresas fantasmas, usadas pelo alvo da operação. A suspeita é de que Maciel Carvalho usava o clube de tiros como fachada para a compra e venda ilegal de armas. A investigação é conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil.

Em nota, a polícia civil do DF afirmou que “o principal alvo da operação de hoje, e mentor do esquema, coleciona registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo e, no ano de 2023 já foi alvo de duas operações da Polícia Civil do Distrito Federal”.

O senador Flávio Bolsonaro, irmão de Jair Renan, comentou que a operação causa muita estranheza. “É uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro. Não faz muito sentido isso. Espero que esse critério seja usado para todos, independente do sobrenome”, disse o parlamentar.

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