A cantora Rita Lee, 75, morreu na noite desta segunda-feira (8), em São Paulo. A informação foi veiculada pela família da artista por meio das redes sociais. Conforme a nota, Rita Lee morreu em casa junto à família. A cantora foi diagnosticada com Câncer de pulmão em 2021. Após o tratamento, em abril de 2022, seu filho Beto Lee, anunciou que sua mãe estava curada. O velório será realizado na quarta-feira (10) no Planetário do Parque Ibirapuera e será aberto ao público das 10h às 17h.
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“Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no fim da noite de ontem, cercada de todo o amor da sua família, como sempre desejou. O velório será aberto ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, na quarta-feira, dia 10, das 10h às 17h. Segundo a vontade de Rita, seu corpo será cremado. A cerimônia será particular. Nesse momento de profunda tristeza, a família agradece o carinho e o amor de todos”.
A cantora realizou uma rápida aparição nas redes sociais de seu marido e companheiro de palco, Roberto de Carvalho trazendo euforia nos fãs e amigos da artista. Detentora de grandes sucessos da música brasileira, Rita Lee deu vida a canções, como “Amor e Sexo”, “Erva Venenosa”, “Lança Perfume”, “Mania de Você”, “Agora Só Falta Você” e “Ovelha Negra”. Além do marido, Rita deixa três filhos: Beto, João e Antônio.
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Conhecida como a rainha do rock nacional e da música brasileira, Rita Lee nasceu no dia 31 de dezembro de 1947, e começou a ter um interesse pela música na adolescência montando seu primeiro conjunto musical chamado de “Teenage Singers”, acompanhada de outras duas cantoras. Rita conheceu no ano seguinte o trio “Wooden Faces”, onde formou a banda de nome “Os seis”, gravando duas músicas. Após uma reformulação na banda (formação: Arnaldo Baptista, Sérgio Dias e Rita Lee) o grupo passou a ser chamado de “Os Bruxos”, e, posteriormente, para “Os Mutantes”.
Rita gravou dois discos solos com o grupo. Ao lado dos colegas, Rita foi um dos grandes nomes do movimento “Tropicália”, realizado na década de 60. A cantora foi casada com um dos integrantes (Arnaldo Baptista) e quando se separou do artista, foi expulsa do grupo, com os integrantes supostamente dizendo que ela não tinha as características necessárias para tocar rock progressivo.
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Após sua participação no grupo “Os Mutantes”, formou, ao lado de Lúcia Turnbull, a dupla “As Cilibrinas do Éden”, que só teve a gravação ao vivo lançada 35 anos depois.
Depois de vários projetos musicais a artista lançou seus primeiros grandes sucessos em 1975 como “Fruto Proibido” “Agora só Falta Você” e “Ovelha Negra”. Diante do sucesso nacional e até internacional, a cantora foi nomeada pela crítica como “a rainha do rock nacional”.
As parcerias com seu marido, Roberto de Carvalho, renderam alguns dos maiores sucessos da carreira da cantora durante a década de 80. Dentre eles, estão “Mania de Você”, “Doce Vampiro”, “Doce Espuma”, “Desculpe o Auê”. Em 1991, Rita e Roberto se separaram, só voltando a dividir o palco novamente em 1995.
O casal reatou a relação e oficializaram o casamento em 1996, após 20 anos de terem se conhecido. Com ele, a cantora teve três filhos: Beto (1977), João (1979) e Antônio (1981). Os dois continuaram casados até hoje, com Roberto sendo o responsável por divulgar os registros mais recentes de Rita.
Polêmicas
Um dos momentos mais polêmicos da carreira da artista, aconteceu durante sua primeira gravidez, quando foi presa por porte e uso de maconha durante o regime militar.
Anteriormente, a cantora havia declarado que deixaria de usar drogas devido à gravidez e o entorpecente apreendido era de amigos. A cantora foi condenada e ficou um ano em prisão domiciliar, sendo necessário pedir autorização para sair de casa e fazer shows.
No seu último show, a cantora acabou sendo levada para delegacia acusada de desacato à autoridade após criticar uma postura supostamente agressiva por parte da polícia contra o público.