A abordagem policial que resultou na morte do jovem negro Nahel ocorreu na noite de terça-feira (27/6), quando ele estava dirigindo seu carro, em Paris. Em um vídeo divulgado na internet, é possível ver os policiais abordando o jovem com armas e, momentos depois, Nahel acelerando o veículo. Em resposta, um dos policiais efetuou um disparo, atingindo-o no tórax. O adolescente faleceu horas depois.
Continua depois da Publicidade
Além de Paris, em outras cidades como Marselha, Lyon, Lille e Tolouse registraram protestos contra a forma violenta da abordagem que levou à morte de Nahel. Durante os protestos, pelo menos 875 pessoas foram presas. Desde 2022, 13 pessoas morreram em abordagens policiais nas periferias de Paris, conforme informa a Promotoria da cidade.
Casos desse tipo são comuns na França. Em 2022, cerca de 13 pessoas morreram em abordagens parecidas na periferia parisiense. Conforme informações da promotoria, manifestações aconteceram para questionar a violência policial na capital francesa e levantar discussões mais amplas sobre a integração dos imigrantes.
Continua depois da Publicidade
Protestos ganharam força e tem gerado comoção devido à grande repercussão e reações de personalidades como o presidente Emmanuel Macron; o jogador de futebol francês Kylian Mbappé; além de protestos nos Estados Unidos devidos a pessoas negras também em abordagens policiais terem sido mortas durante abordagens.
A mãe de Nahel é argelina e o pai marroquino, o jovem fazia parte da segunda geração de imigrantes nascidos na França. Jovens, que muitas vezes são de famílias de classe média baixa, enfrentam desafios ao se sentirem divididos entre a sociedade em que nasceram e o país de origem de seus pais. A França adota um modelo de integração de imigrantes baseado no assimilacionismo, que busca eliminar traços da cultura de origem dos imigrantes.