O co-fundador da empresa OpenAI (dona do ChatGPT), Sam Altman, afirmou que a inteligência artificial (AI) será responsável pelo fim de alguns empregos e que a tecnologia vai aperfeiçoar muitas profissões. A declaração aconteceu nesta quinta-feira (18/05), no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, em um evento promovido pela Fundação Leman.
Continua depois da Publicidade
Durante a programação, Altman destacou que isso acontece em períodos de revolução tecnológica, mas pontuou também que muitos empregos devem melhorar. “Em geral, eu acho que vamos ver impacto em todos os lugares. A sociedade pode regulamentá-la, mas não vai impedir isso de acontecer”, afirmou.
![](https://norte1.com.br/wp-content/uploads/2023/05/WhatsApp-Image-2023-05-19-at-13.05.47.jpeg)
(Da esquerda para a direita) Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann, Sam Altman, CEO da OpenAI, Nina da Hora, cientista da computação, e Felipe Such, lead engineer da OpenAI — Foto: Divulgação/Fundação Lemann
A expectativa é que, até 2027, pelo menos 23% dos atuais postos de trabalho se modifiquem. Segundo um relatório do Fórum Econômico Mundial em conjunto com a Função Dom Cabral, novas formas de trabalho serão criadas, mas outras podem chegar a desaparecer conforme os avanços tecnológicos.
“Muitos serão substituídos por algoritmos que automatizam essas funções ou, então, por autosserviço, como caixa do supermercado e caixa do banco”, explicou o professor associado da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda.
Continua depois da Publicidade
Entre as profissões com grande demanda pra os próximos anos estão professores, pessoas que trabalham com energia renovável, especialistas em inteligência artificial, aprendizagem de maquinas, big data segurança da informação, entre muitas outras que utilizam recursos tecnológicos como fermentas na execução de seus serviços.
Sam Altman mencionou ainda a importância de criar regras para controlar a tecnologia, mesmo que isso seja difícil. Nos Estados Unidos, estão sendo discutidas formas de proteger as pessoas à medida que a inteligência artificial se torna mais comum em diferentes áreas.
Continua depois da Publicidade
“Não vou ser ingênuo e fingir que isso é uma coisa fácil de fazer. Mas temos que tentar”, disse Altman durante o evento no Rio. “A gente tem que focar agora nos prejuízos que podem surgir e garantir que não tenhamos grandes erros que possam impactar negativamente o mundo”, disse Sam sobre a regulamentação.
Ao perceber que as pessoas estão mais abertas a pensar e discutir sobre como a inteligência artificial pode ser inserida na sociedade, ele disse que se sente feliz ao notar a abertura para diálogo sobre os avanços tecnológicos.
“Estou viajando pelo mundo por uma série de motivos. Um deles é ouvir as pessoas que usam a tecnologia em contextos diferentes e sair da nossa bolha”, completou Sam Altman.