O filme Oppenheimer, que conta a história do criador da bomba atômica, lançado recentemente e dirigido por Christopher Nolan, mostra, em alguns trechos, a história da relação complexa entre dois renomados cientistas do século passado: Albert Einstein e o protagonista Robert Oppenheimer.

Fotografia: Alfred Eisenstaedt/Time Life Pictures/Getty Images
O longa narra como Oppenheimer se tornou o líder do Projeto Manhattan, o ultrassecreto programa do governo dos Estados Unidos que desenvolveu a primeira bomba atômica, na década de 1940.
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No longa, os físicos têm diálogos fictícios, mas que demonstra a relação entre um Oppenheimer tímido em busca de conselhos de Einstein. Apesar de suas diferenças, ambos tinham profundo respeito um com o outro.
A trajetória de Oppenheimer e Einstein se encontra quando o jovem cientista se formou e especializou em física teórica, na década de 1920, já com Einstein como figura-chave na ciência após suas teorias revolucionárias.
Com a ascensão do nazismo, Einstein deixou a Europa e se estabeleceu em Princeton, onde continuou seu trabalho. Em 1939, ele assinou uma carta com o intuito de alertar o presidente dos EUA da época (Franklin Delano Roosevelt) sobre a possibilidade de a Alemanha criar a bomba atômica.
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Oppenheimer assumiu o Projeto Manhattan em 1942 e, com sua equipe, desenvolveu a primeira bomba atômica, levando à dúvida moral sobre seu uso como arma de destruição em massa, após os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki. Oppenheimer tentou convencer o governo dos EUA a estabelecer limites para o uso dessa tecnologia, mas foi confrontado por políticos e acusado de simpatia comunista.
Apesar das divergências devido as concepções diferentes quanto as teorias da física que existiam entre os dois, havia uma grande admiração entre eles. Einstein enxergava Oppenheimer como um homem muito qualificado, enquanto Oppenheimer valorizava o trabalho pioneiro de Einstein, mesmo com erros em seus primeiros trabalhos. O filme retrata como Oppenheimer teve que lidar com as consequências de sua conquista, enfrentando as consequências morais e políticas da bomba atômica que ele participou da criação, sendo um dos nomes mais fortes do projeto.