OPERAÇÃO GARROTE

Prefeito de Borba é preso por suspeita de desvio de verbas públicas do município

Simão Peixoto, ficou conhecido na região por desafiar o ex-vereador Erineu Alves, para uma luta de MMA em 2021.


O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) cumpriu na manhã desta terça-feira (23) vários mandados de prisão expedidos pelo Ministério Público do Estado do Amazonas, contra uma Organização Criminosa suspeita de desviar recursos públicos no município de Borba (302 km de Manaus). Conforme informações do MP-AM, um dos alvos da Operação Garrote, é o prefeito do município, Simão Peixoto (Republicanos).

Continua depois da Publicidade

Em nota, o MP-AM informou que foram expedidos 11 mandados de prisão preventiva, e 28 mandados de busca e apreensão nas casas dos suspeitos, além de 28 mandados de busca pessoal e 28 mandados de busca veicular, totalizando 95 medidas cautelares. Conforme a nota do MP, a medida tem o objetivo de recuperar os valores desviados dos cofres públicos e o afastamento dos agentes públicos envolvidos em crimes contra a administração pública, fraudes em crimes licitatórios e lavagem de dinheiro.

Um dos alvos da Operação, o prefeito de Borba, Simão Peixoto, coleciona vários processos devido ao seu temperamento forte.

Os deputados da Assembleia Legislativa do Amazonas (AleAM), pediram ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), uma investigação contra o prefeito, devido as recentes movimentações financeiras do município.

Continua depois da Publicidade

Entenda o caso

Prefeito de Borba, Simão Peixoto, ficou conhecido na região por desafiar o ex-vereador Erineu Alves, para uma luta de MMA em 2021. O outro caso (mais grave), Peixoto foi preso preventivamente no dia 3 de março por ordem do Desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), Anselmo Chíxaro.

Continua depois da Publicidade

Simão foi acusado de ameaça, desacato, difamação e restrição aos direitos políticos em razão do sexo, contra a vereadora Tatiana Franco dos Santos, após declaração que daria uma “ripada” na vereadora. O político foi posto em liberdade após recurso concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e consequentemente reconduzido ao cargo do executivo municipal.

De volta ao comando da prefeitura de Borba, Peixoto exonerou mais 100 servidores e reduziu pela metade os salários dos funcionários da autarquia, com a alegação de crise financeira na administração do município.

Segundo os deputados estaduais, há suspeitas sobre como Simão conseguiu pagar os honorários dos seus advogados, quando o seu caso foi apreciado no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Peixoto também é investigado sobre o destino das verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) repassadas ao município.